No Brasil, 45% das pessoas infectadas com hepatite C desconhecem portar o vírus da doença, segundo o Ministério da Saúde. Dentre os motivos, está a falta de testagem em massa da população.1,2
Isso pode contribuir para a disseminação involuntária da doença no país. Nesse sentido, uma forma de controlar o número de casos, principalmente os graves, é com a realização do teste rápido.1,3
Os protocolos de vigilância sanitária são recentes no Brasil e, por isso, é comum que pessoas com idade igual ou superior a 40 anos tenham sido submetidas a procedimentos médicos e dentários sem o cuidado ideal com a esterilização dos materiais.4
Além de todos os adultos nessa faixa etária, também recomenda-se que os integrantes dos seguintes grupos sejam testados:
transplantados;
profissionais do sexo;
privados de liberdade;
profissionais da saúde;
indivíduos em situação de rua;
portadores de outras hepatites;
pacientes que fazem hemodiálise;
filhos de mães infectadas pelo HCV;
pessoas que vivem com HIV (PVHIV);
pessoas que consomem álcool e drogas;
pessoas com histórico de patologia hepática sem diagnóstico;
vítimas de acidentes perfurocortantes em ambiente hospitalar;
profissionais de resgate (bombeiros, paramédicos, policiais etc);
pessoas com antecedentes de doenças renais ou de imunodepressão;
receptores de sangue ou outros hemoderivados realizados antes de 1993;
entre outros.4
O teste de hepatite C é simples, rápido e gratuito. Esse exame é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Sistema Público de Saúde (SUS) e detecta a presença do vírus da hepatite C (HCV). O teste rápido é realizado a partir de uma única gota de sangue, ajudando a identificar casos e notificando as pessoas infectadas.1
O exame é fundamental, pois alguns dos sintomas da hepatite C podem ser associados a outras doenças, fazendo com que a hepatite C, na maioria das vezes, passe despercebida. Essa característica é marcante em 80% dos pacientes.4
Nesse sentido, o diagnóstico precoce feito com o teste rápido possibilita o início do tratamento que, além de aumentar diretamente a qualidade de vida, pode prevenir complicações da doença em sua fase avançada.3,4
Caso o resultado do seu teste seja positivo, os profissionais de saúde que realizaram a testagem irão solicitar outros exames para propor o tratamento adequado.5,6
Nos últimos anos, o SUS adicionou medicamentos que revolucionaram o tratamento da hepatite C, possibilitando a eliminação da infecção. Com isso, o Brasil evoluiu consideravelmente a sua forma de enfrentar a doença.5,6
Atualmente, o tratamento ocasiona um menor número de eventos adversos. Esse avanço tecnológico proporciona uma possibilidade de cura de até 95% em pacientes que seguem o tratamento corretamente.5,6
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Referências:
Ministério da Saúde. Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis – Ministério da Saúde lança plano para eliminar hepatite C até 2030. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/tags/publicacoes/hepatite-c>. Acesso em: 07 jul. 2022.
Ministério da Saúde. Hepatite C. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-hepatites/hepatite-c>. Acesso em: 07 jul. 2022.
BVSMS. ABCDE das hepatites virais para agentes comunitários de saúde. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcde_hepatites_virais_agentes_comunitarios_saude_2ed.pdf>. Acesso em: 02 jun. 2022.
Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para hepatite C e coinfecções. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-hepatite-c-e-coinfeccoes>. Acesso em: 02 jun. 2022.
Ministério da Saúde. OFÍCIO CIRCULAR Nº 6/2022/CGAHV/.DCCI/SVS/MS. Disponível em: <https://siclomhepatites.aids.gov.br/imagens/informes/022022.pdf>. Acesso em: 02 jun. 2022.
Ministério da Saúde. NOTA TÉCNICA Nº 369/2020-CGAHV/.DCCI/SVS/MS. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/sites/default/files/legislacao/2020/notas_tecnicas/nota_tecnica_n_369_2020_cgahv_dcci_svs_ms.pdf>. Acesso em: 02 jun. 2022.