A hepatite C é reconhecida por ser uma “doença silenciosa”, em que os sintomas comuns podem ser confundidos com sintomas de outras doenças. Quando o diagnóstico demora para acontecer, o paciente pode evoluir para complicações relacionadas à doença crônica. O diagnóstico precoce pode evitar essas complicações.1
Na fase aguda da doença, os sintomas mais frequentes são:
febre;
náusea;
vômitos;
mal-estar;
perda de apetite;
desconforto abdominal.1,2
O diagnóstico da hepatite C é tardio, pois os sintomas, em sua maioria, são semelhantes aos de outras doenças. No entanto, algumas características são marcantes, como a tonalidade amarelada da pele e dos olhos, a urina escurecida e as fezes esbranquiçadas, mas nem sempre estão presentes na maioria dos pacientes.1
Estima-se que cerca de 80% dos pacientes não apresentam qualquer manifestação, ou, quando existe, são tratados apenas os sintomas, sem a preocupação de se investigar uma possível doença mais grave.3
Com isso, os pacientes geralmente descobrem a presença do vírus da hepatite C (HCV) quando a doença progride de forma considerável. Geralmente, os pacientes chegam às Unidades Básicas de Saúde em estado grave e crônico, com cirrose e/ou outras complicações.1
O teste rápido é fundamental, pois o acesso ao diagnóstico é o primeiro passo para a busca do tratamento e da cura, que atualmente é possível para a maior parte dos pacientes.1,2
Para as populações vulneráveis e prioritárias, o teste rápido é um grande aliado do combate ao vírus, tornando possíveis o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, evitando que o diagnóstico seja realizado em fases mais avançadas.3
Com a testagem e o tratamento correto, estima-se que 95% dos casos tenham chance de cura, mesmo entre os mais vulneráveis.2
Podemos considerar como integrantes desse grupo para testagem da hepatite C os seguintes indivíduos:
diabéticos;
hipertensos;
transplantados;
profissionais do sexo;
privados de liberdade;
profissionais da saúde;
indivíduos em situação de rua;
portadores de outras hepatites;
pacientes que fazem hemodiálise;
filhos de mães infectadas pelo HCV;
pessoas que vivem com HIV (PVHIV);
pessoas que consomem álcool e/ou drogas;
pessoas com idade superior ou igual a 40 anos;
pessoas com histórico de patologia hepática sem diagnóstico;
vítimas de acidentes perfurocortantes em ambiente hospitalar;
profissionais de resgate (bombeiros, paramédicos, policiais etc);
pessoas com antecedentes de doenças renais ou de imunodepressão;
receptores de sangue ou outros hemoderivados realizados antes de 1993;
entre outros.1
Todos os integrantes desse grupo devem realizar o teste rápido para hepatite C com certa periodicidade (de um em um ano, pelo menos). Além de frear a curva de transmissão, essa prática permite que a doença seja descoberta antes de sua fase crônica.2
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Referências:
BVSMS. ABCDE das hepatites virais para agentes comunitários de saúde. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcde_hepatites_virais_agentes_comunitarios_saude_2ed.pdf>. Acesso em: 19 mai. 2022.
Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para hepatite C e coinfecções. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-hepatite-c-e-coinfeccoes>. Acesso em: 19 mai. 2022.
Ministério da Saúde. Hepatite C. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-hepatites/hepatite-c>. Acesso em: 19 mai. 2022.