Chamadas de doenças “silenciosas”, as pessoas infectadas podem ser assintomáticas por um longo tempo. Nos casos da hepatite C, por exemplo, 80% dos infectados não apresentam sintomas. Entretanto, isso não elimina os riscos das hepatites virais, pois enquanto o vírus estiver ativo no corpo ou em objetos contaminados, a transmissão pode acontecer.2,3
As hepatites virais têm causas diferentes, atingindo pessoas de todas as idades e regiões do país. Por conta disso, entender as particularidades dessas doenças pode ajudar na busca pelo tratamento e melhora na qualidade de vida da população.2
O vírus da hepatite A (HAV) é encontrado em fezes humanas; por isso, é muito comum que a infecção aconteça em regiões sem saneamento básico, favorecendo a contaminação da água utilizada no consumo diário.4
Por conta disso, existe uma demanda em intensificar as ações de prevenção para as populações vulneráveis, como forma de reduzir o número de infectados.4
A pessoa infectada pode, inicialmente, sentir sintomas, como fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. A doença ainda pode evoluir, se manifestando em enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia.4
Nesses casos, é preciso procurar um centro de saúde para realizar um exame de sangue, procedimento necessário para obter o diagnóstico. O paciente pode recorrer ao SUS (Sistema Único de Saúde), onde diagnóstico e tratamento podem ser feitos gratuitamente.4
A hepatite A não tem tratamento específico e pode ser evitada se a pessoa estiver vacinada contra o vírus HAV.4
A hepatite B é causada, principalmente, pela relação sexual com pessoas infectadas, compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas, além da transmissão durante a gestação. Existe uma preocupação grande com esse tipo de hepatite viral, pois é possível evitar a doença com ações de prevenção, como o uso de preservativos.5
Com características “silenciosas”, a hepatite B pode não manifestar sintomas em estágios iniciais. Quando surgem, os mais comuns são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre e dor abdominal.5
Dessa forma, a testagem e a vacinação são importantes aliados para evitar as complicações da hepatite B. Ambos os procedimentos estão disponíveis gratuitamente no SUS.5
A hepatite C é causada pelo vírus HCV transmitido pelo sangue infectado. Isso pode acontecer de várias formas, como: compartilhamentos de objetos contaminados, transmissão vertical e relações sexuais.3
Essa hepatite viral também pode ser assintomática por vários anos e os casos sintomáticos são considerados raros.3
Por esse motivo, as ações de testagem em massa da população têm um papel fundamental no controle da doença. Quando uma pessoa faz o teste, ela protege todos à sua volta.3
O teste de hepatite C ainda tem uma importante função de salvar vidas, pois o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura em até 95%. O tratamento é feito com antivirais de ação direta (DAA), de uso oral e disponíveis gratuitamente no SUS.3
A hepatite D tem características parecidas com a hepatite B, incluindo a forma de transmissão e prevenção. As pessoas diagnosticadas com hepatite D também estão infectadas com o vírus da hepatite B (HBV).6
Casos suspeitos da infecção podem ser identificados por sintomas, como: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre e dor abdominal.6
Diante disso, a pessoa deve procurar um centro de saúde para receber atendimento médico. O SUS oferece esse suporte, com exames, métodos preventivos (vacina) e tratamento. Todos são eficazes e oferecidos de forma gratuita.6
A infecção por hepatite E não é muito comum no Brasil, mas tem características de transmissão parecidas com a hepatite A. Dessa forma, populações que vivem próximas de regiões sem saneamento básico estão mais vulneráveis ao vírus.7
A pessoa infectada pode ter sintomas, como febre, enjoo, fadiga, diarreia, vômitos, mal-estar e dores musculares.7
Para ter um diagnóstico confiável, é preciso procurar atendimento médico e realizar o teste de anticorpos anti-HEV (vírus da hepatite E). Essa doença não têm tratamentos específicos, mas é possível buscar acompanhamento médico no SUS.7
Como reduzir o número de casos avançados de hepatites virais?
A conscientização é, sem dúvidas, uma das melhores formas de prevenção das hepatites virais. Em todos os casos citados acima, o SUS oferece o suporte necessário para que a pessoa cuide da própria saúde, seja com teste, vacina ou medicamento.2
Portanto, é fundamental que essa informação chegue a mais pessoas. Compartilhe esse texto com seus amigos e familiares e ajude na conscientização das hepatites virais.
O portal Hepatite C fala com você foi criado com o objetivo de conscientizar a população sobre essa doença. Todo o conteúdo é gratuito.
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Referências:
ABCDE das hepatites virais para agentes comunitários de saúde. Ministério da Saúde. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcde_hepatites_virais_agentes_comunitarios_saude_2ed.pdf>