Os profissionais de saúde estão na linha de frente do tratamento da hepatite C e esse contato com o paciente acaba sendo um grande diferencial para entender quais procedimentos devem ser feitos. Com o tratamento eficaz e o diagnóstico rápido, é possível oferecer um atendimento humanizado, com foco
na eliminação da infecção.1,2
Nesse sentido, seguir algumas etapas durante a anamnese pode ajudar a identificar pontos de atenção. O pré-tratamento da hepatite C considera comorbidades e outras situações que podem afetar a eficácia dos antivirais de ação direta (DAA).1
Entenda mais sobre o assunto!
O paciente não pode iniciar imediatamente o tratamento para a hepatite C se, durante a avaliação clínica, for diagnosticado com alguma manifestação extra-hepática do vírus da hepatite C, comorbidade ou co-infecção. Por esse motivo, o profissional de saúde que acompanha o caso faz uma avaliação da
necessidade de seguimento ou tratamento simultâneo com outra especialidade, visando o melhor para a saúde do paciente.1
Além disso, o tratamento da hepatite C não é indicado para mulheres grávidas, por conta dos riscos à saúde da mamãe e do bebê. Isso não dispensa os cuidados com a hepatite C durante a gestação, pelo contrário, é preciso ser ainda maior.1,3
Dessa forma, é preciso seguir acompanhando esse e outros casos que se encaixam nos perfis mencionados para iniciar o tratamento assim que possível.1
Os profissionais de saúde que atuam no diagnóstico da hepatite C, devem solicitar exames laboratoriais que possibilitem entender se há riscos no início imediato do tratamento.1
Os exames fornecem informações, como:
perfil glicêmico;
HCV-RNA quantitativo;
alterações no sangue;
provas de função hepática e renal;
avaliação dos hormônios tireoidianos;
avaliação do grau de fibrose hepática;
rastreamento do carcinoma hepatocelular.1
Além disso, é importante certificar se o paciente está fazendo o uso de alguma medicação. As interações medicamentosas com os antivirais de ação direta podem prejudicar o resultado do tratamento para a hepatite C e até mesmo causar efeitos colaterais no paciente.1
Os grupos de medicamentos que encaixam-se nesse quesito são:
estatinas;
antiarrítmicos;
antiarrítmicos;
novos anticoagulantes orais;
antivirais em pacientes co-infectados;
anticonvulsivantes de primeira geração;
imunossupressores em pacientes transplantados;
antituberculostáticos e antiácidos como inibidores de bomba de prótons.1
Profissionais de saúde, é importante informar seus pacientes sobre os cuidados com a hepatite C. O portal Hepatite C Fala com Você é uma fonte de conhecimento para o público leigo e pode esclarecer muitas dúvidas.
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Referências
Sociedade Brasileira de Hepatologia. Curso pré-congresso. Congresso Brasileiro de Hepatologia. Outubro, 2021. Julho, 2022. Disponível em: <https://sbhepatologia.org.br/wp-content/uploads/2021/10/sbh_1021_epidemiologia-e-diagnostico-das-hepatites-virais-e-coinfeccao.pdf>. Acesso em: 08 nov. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Hepatite C. Julho, 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hepatites-virais/hepatite-c-1>. Acesso em: 08 nov. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite Viral C e Coinfecções. 2011. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_diretrizes_hepatite_viral_c_coinfeccoes.pdf>. Acesso em: 08 nov. 2022.