Identificando as complicações mais comuns da hepatite C

A hepatite C pode ter graves complicações se não for tratada adequadamente, incluindo câncer hepático, insuficiência hepática e cirrose. Entenda como todos esses problemas de saúde podem ser evitados com diagnóstico e tratamento apropriado.¹

Detectar uma infecção transmissível que, em geral, não possui sintomas em sua fase inicial é um grande desafio. Alguns pacientes, mesmo após contrair a hepatite C, por não realizarem o teste, desconhecem sua condição e continuam transmitindo o vírus sem saber, deixando também de realizar o tratamento adequado.

Isso se torna ainda mais desafiador quando a infecção por hepatite C evolui para as formas mais avançadas, que podem levar a complicações, como a cirrose, o câncer de fígado, com necessidade de transplante e, em alguns casos, óbito.¹

Antes de falarmos sobre suas possíveis complicações, é importante esclarecer sobre as duas variedades de hepatite que conhecemos: aguda e crônica.

Diferença entre hepatite aguda e crônica

O tipo agudo da infecção é o mais comum e dura menos de seis meses. Esse tem como causas as hepatites A, B, C, D e E, e pode estar relacionado a outras infecções, doenças virais, medicamentos e drogas, com sintomas diversos.¹

Já a hepatite crônica costuma ir além dos seis meses de duração e pode ter como causa as hepatites B, C e D, além de distúrbios congênitos do metabolismo e excesso do uso de drogas e hepatite autoimune.¹

Quais as complicações para hepatite C?

Quando não for tratada, a hepatite C pode levar a diversas complicações, incluindo:

• Cirrose hepática: a cirrose hepática é uma condição em que o fígado se torna cicatrizado e danificado, e pode afetar sua capacidade de funcionar adequadamente. A cirrose pode levar a sintomas como icterícia (pele amarelada), inchaço abdominal, perda de peso, fadiga e confusão menta;³
  
• Câncer de fígado: a infecção por hepatite C também aumenta o risco de câncer de fígado, especialmente em pessoas com cirrose. O tumor pode não apresentar sintomas até que esteja em estágio avançado, podendo ser fatal se não for tratado precocemente;³
  
• Insuficiência hepática: essa condição ocorre quando o fígado não pode mais realizar suas funções normais devido a danos graves. A insuficiência hepática pode ser fatal e geralmente requer um transplante de fígado para tratamento.³
  
• Outras complicações: a hepatite C também pode levar a outras complicações, como problemas de saúde mental, depressão e ansiedade, e problemas renais.⁵

Diagnóstico como aliado à prevenção da hepatite C

Mesmo que a hepatite C não possua vacina até o momento, o diagnóstico é fundamental para conhecimento e tratamento da infecção. Reconhecer a infecção precocemente possibilita evitar a transmissão, atuando no controle da patologia e a minimização dos impactos para a Saúde Pública.^2-4 

A partir dos anos 2000, é notório o avanço significativo nos cuidados clínicos prestados aos pacientes com doença hepática relacionada ao HCV. Isso se deve, em grande parte, a uma melhor compreensão da fisiopatologia da doença, bem como ao desenvolvimento de procedimentos diagnósticos mais avançados e melhorias na terapia e prevenção.⁶

Se você teve algum comportamento de risco para a transmissão da hepatite C, não deixe de realizar regularmente e de forma gratuita o teste rápido pelo SUS. Confira o local mais próximo de você.

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Em caso de dúvidas, consulte seu médico.

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Referências:

1. Universidade Federal de Santa Catarina. (2018). Manual técnico para o diagnóstico das hepatites virais. Disponível em: <https://qualitr.paginas.ufsc.br/files/2018/08/manual_tecnico_hepatites_08_2018_web.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2023.

2. BRASIL. Ministério da Educação. A importância da vacinação. Disponível em: <https://portal.unila.edu.br/informes/a-importancia-da-vacinacao#:~:text=Com%20o%20objetivo%20de%20fortalecer,bact%C3%A9rias%20%E2%80%93%20e%20evitam%20o%20adoecimento>. Acesso em: 13 fev. 2023.

3. Centers for Disease Control and Prevention. Hepatitis C FAQs for the public. Disponível em: <https://www.cdc.gov/hepatitis/hcv/hcvfaq.htm#Ref01>. Acesso em: 24 fev. 2023.

4. Secretaria de Saúde do Distrito Federal. (s.d.). Apesar de perigosa, hepatite C tem cura. Disponível em: <https://www.saude.df.gov.br/web/guest/w/apesar-de-perigosa-hepatite-c-tem-cura>. Acesso em: 24 fev. 2023.

5. MIYAZAKI, Maria Cristina de Oliveira Santos et al. Tratamento da hepatite C: sintomas psicológicos e estratégias de enfrentamento. Rev. bras.ter. cogn., Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 119-128, jun. 2005. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872005000100014&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 6 mar. 2023.

6. VICENTIM, Johnny Marcelo, BERETTA, Ana Laura Remedio Zeni. Hepatite C e as novas estratégias de tratamento: revisão de literatura. Disponível em: <https://www.rbac.org.br/artigos/hepatite-c-e-as-novas-estrategias-de-tratamento-revisao-de-literatura/>. Acesso em: 6 mar. 2023.

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