A hepatite C é uma infecção viral que afeta o fígado e pode ser transmitida por meio do contato com sangue contaminado. Infelizmente, muitas pessoas não sabem que foram expostas ao vírus, já que a infecção pode não apresentar sintomas por muitos anos. Por isso, é importante que alguns grupos sejam orientados a realizar o teste, para possível identificação do vírus da hepatite C (HCV).1
Entre os grupos vulneráveis estão as pessoas que receberam transfusão de sangue ou qualquer derivado de sangue antes de 1992. Foi somente a partir de 1993 que passou a existir a testagem para a hepatite C nos bancos de sangue, o que tornou a doação sanguínea um ato muito seguro.1,3
Antes de 1992, não havia testes para detectar o vírus da hepatite C no sangue doado. Isso significa que pessoas que receberam transfusão de sangue ou qualquer derivado de sangue antes dessa data podem ter diagnóstico positivo.1,3
Além dessas pessoas, devem realizar o teste para hepatite C aqueles que receberam transplante de órgãos ou tecidos. Isso ocorre porque os órgãos e tecidos podem ser infectados com o vírus durante a coleta, armazenamento e transplante. Embora, antes do transplante, os órgãos e tecidos sejam testados para detecção da hepatite C, há casos em que o vírus pode não ser detectado. Assim, é evidente a importância da testagem regular para as pessoas transplantadas.1,3
Doadores de esperma, óvulos e medula óssea também precisam realizar a testagem regularmente. Embora esses doadores sejam cuidadosamente selecionados e testados antes da doação, a testagem garante que sejam tomadas as medidas necessárias para prevenir a transmissão do vírus.1,3
Além dos grupos citados anteriormente, outras populações estão vulneráveis em relação à infecção pelo HCV, como:
Todas essas pessoas devem ser estimuladas a realizar investigação laboratorial dessa infecção, para diagnóstico e início do tratamento. A detecção precoce da hepatite C é fundamental para prevenir complicações graves, como cirrose hepática e câncer de fígado.2
O teste rápido para hepatite C é uma opção segura e fácil para detectar a presença do vírus no sangue. Geralmente, o teste é feito com uma pequena amostra de sangue colhida com uma agulha fina na ponta do dedo. O resultado pode ser obtido em cerca de 20 minutos, tornando-o uma opção conveniente para clínicas, hospitais e outras instituições de saúde.1
O teste rápido funciona detectando a presença de anticorpos específicos produzidos pelo corpo em resposta à infecção pelo vírus. Se o teste der positivo, pode ser necessário fazer outro exame para confirmar o resultado e avaliar a gravidade da infecção.1
Embora o teste rápido para hepatite C seja uma opção conveniente e acessível, é importante lembrar que ele não substitui os testes de laboratório mais precisos, capazes de detectar o vírus em estágios mais precoces da infecção.1
Por isso, é importante que as pessoas com resultado positivo em um teste rápido para hepatite C sejam encaminhadas para avaliação médica e exames complementares para confirmar o diagnóstico e planejar o tratamento adequado.1
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Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. A, B, C, D, E de Hepatites para Comunicadores. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hepatites_abcde.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2023.
Sociedade Brasileira de Hepatologia. Grupos de Risco: quem deve fazer o teste para detectar hepatite C. Disponível em: <https://sbhepatologia.org.br/imprensa/releases/grupos-de-risco-quem-deve-fazer-o-teste-para-detectar-hepatite-c/>. Acesso em: 27 mar. 2023.
Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul. Hepatites virais. Disponível em: <https://www.cevs.rs.gov.br/hepatites-bc#:~:text=A%20transmiss%C3%A3o%20do%20v%C3%ADrus%20da,de%20risco%20para%20essa%20infec%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 27 mar. 2023.